sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Martins e Moutinho com Meireles no meio

Uma das principais dúvidas que rodeiam a estreia de Paulo Bento como selecionador nacional é saber a quem entregará o lugar que era desempenhado até há poucos meses por Deco. A presença de João Moutinho e o regresso de Carlos Martins cimentavam a ideia de que seria um deles a assumir o testemunho, apresentando ambos argumentos válidos para justificar a opção do treinador.

Com 3 treinos à porta fechada, cabia aos jornalistas tentar “ler” o pensamento de Paulo Bento e olhar para o que os dois jogadores em causa já fizeram na Seleção Nacional e, seguramente, ao que estão a fazer atualmente nos seus clubes.

Os dois

Afinal, a questão pode não se colocar numa dicotomia: ou Martins ou Moutinho. O que foi possível “ler” é quase um ovo de Colombo: jogam os dois, com Meireles na posição mais central e recuada do triângulo intermédio.

A ideia faz sentido, especialmente numa “final” como é o jogo de hoje com a Dinamarca. Portugal precisa vencer e por isso o selecionador não quer guardar trunfos na manga que depois podem não servir de nada. Por isso, Moutinho e Martins em campo ao mesmo tempo é um sinal de confiança nos dois e um reforço da filosofia ganhadora que Paulo Bento definiu para a Seleção.

Na conferência de imprensa de ontem, o selecionador foi claro ao dizer que pretende uma equipa organizada e disciplinada. Deixou a dúvida quanto à manutenção de Pepe como trinco, mas parece claro que isso não deverá verificar-se.

Raul Meireles deverá ser o escolhido para essa posição (onde, aliás, se estreou na Seleção, com Scolari), reforçando a ideia de um meio campo flexivel e maleável, formado por homens que tanto podem defender como atacar em todos os terrenos, no apoio aos homens da frente. Meireles foi o médio mais utilizado nos últimos dois anos, curiosamente no mesmo período em que Moutinho e Martins foram ficando na bancada ou em casa. Hoje, devem jogar os três ao mesmo tempo.

Na frente, com Ronaldo e Nani, deverá manter-se Hugo Almeida, porque o pouco tempo de trabalho não terá permitido mais afinações.

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