quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Benfica despede-se da Champions

O Benfica complicou, e muito, as suas próprias contas ao perder em Israel aos pés do Hapoel Tel Aviv (3-0) e já disse «adeus» à Liga dos Campeões. O primeiro golo israelita foi apontado por Zahavi à passagem dos vinte e quatro minutos de jogo, Douglas da Silva ampliou o marcador na segunda parte e em cima do apito final o mesmo Zahavi bisou. Para piorar o cenário dos encarnados, o Schalke venceu o Lyon por 3-0. Nem a Liga Europa está assegurada...

Jorge Jesus apostou num onze com Kardec e Salvio em detrimento do recuperado Cardozo e do habitual «motor» Carlos Martins. A ideia do técnico seria aproveitar a queda do argentino para as alas, abrindo mais espaço no ataque, mas a estratégia não resultou e o Benfica acabou mesmo por comprometer o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões e deixou até a continuidade na Europa em causa.

A equipa lisboeta foi, digamos assim, a primeira a chegar ao encontro. Os encarnados entraram melhor e desde o primeiro minuto que se lançaram ao ataque. Luisão inaugurou a lista de lances perigosos com um cabeceamento aos três minutos cortado pela defensiva antes de chegar à baliza. Pouco depois foi a vez de Saviola tentar a sorte de fora da área mas a pontaria não estava afinada. Seguiu-se uma excelente iniciativa do Conejo com tabela para Fábio Coentrão que, integrado no ataque, tentou um remate acrobático. E foi novamente um defesa do Hapoel a cortar.

Em contraciclo, a formação de Tel Aviv teve um ataque, ganhou um livre a meio do meio-campo, colocou a bola na área e estreou o marcador. Zahavi revelou-se o herói israelita ao ganhar o esférico de cabeça no meio de toda a defensiva do Benfica e colocá-lo nas redes de Roberto, que não tinha hipóteses de defesa. O relógio assinalava 24 minutos.

Se o Hapoel já tinha ideias de se fechar lá atrás para impedir o golo das águias antes de sair em contra-ataque, a vantagem reforçou-lhe as intenções. Coube ao Benfica tomar a iniciativa, com destaque especial para Aimar: o número 10 bem tentou pegar na bola, distribuir jogo e levar a equipa para a frente, não parando um minuto. Mas faltou-lhe acompanhamento de nível. Aos 27 minutos Kardec ainda teve uma boa oportunidade de golo, mas tanto quis colocar o esférico que o desviou do guarda-redes e da baliza.

O Hapoel, a jogar em casa e sempre impulsionado pelo seu público, foi capaz de se proteger da melhor maneira e montou uma muralha isenta de falhas. Os comandados de Jorge Jesus utilizaram o centro de terreno, as alas, bolas altas e rasteiras, tabelas e remates de longe, mas nada funcionou.

Jorge Jesus lançou Cardozo em campo para o segundo tempo, sem tirar Kardec, mas tanto um como outro não conseguiram desfeitear Eneyama. Cardozo teve uma boa oportunidade para facturar aos 59 minutos, com possibilidade de remate dentro da área, mas um carrinho de um defesa israelita confundiu a pontaria ao paraguaio. Pouco antes tinha sido Luisão a ver o esférico desviado em cima da linha de golo. E depois foi Kardec a cabecear muito torto, a cruzamento de Maxi, na melhor ocasião do encontro.

Não marcou o Benfica, marcou o Hapoel. E mais uma vez de bola parada: pontapé de canto, bola a pingar na área, ninguém para afastar e Douglas da Silva bate Roberto pela segunda vez na noite. Faltava apenas um quarto de hora para o apito final e só Carlos Martins, aos 80 minutos, foi capaz de assustar Eneyama com um remate forte. Mas nada mais do que isso. Entretanto, num contra-ataque rapidíssimo, Zahavi teve oportunidade para bisar e não a desperdiçou, assinando o 3-0 aos 92 minutos.

No regresso de Israel, nem a Liga Europa está assegurada para o Benfica.

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