Foi o organizador de jogo, surgindo no lugar de Aimar e fê-lo com mestria. Todas as jogadas de ataque da equipa passam pelo médio e este assume-as sem receios. São dele as assistências para os tentos “encarnados”.
Foi poupado por Jorge Jesus no jogo da Liga e, pelos vistos, a paragem fez-lhe bem. Actuou no lugar de Pablo Aimar, que não jogou devido a indisposição, e, embora sejam jogadores com características diferentes, o camisola 17 foi bem sucedido. Pode dizer-se que cumpriu muito bem a sua missão. O internacional luso conseguiu juntar classe à «sua raça». O médio é trabalhador e lutador. Nunca desiste. Mas não foram essas características que fizeram com que se destacasse esta noite. Martins fez quatro assistências com remates milimétricos. O jogador mostrou ter uma precisão impressionante no remate. Mostrou-se tranquilo e seguro, fazendo com que tudo parecesse muito fácil. Carlos Martins é, neste momento, o rei das assistências na Liga dos Campeões.
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E ali paredes-meias com Coentrão em termos exibicionais surgiu Carlos Martins, novamente a jogar num ritmo bem acima do dos companheiros, ele que gosta de mandar, estar constantemente no centro das atenções, definir o jogo e nem sempre isso acontece quando é desviado para a direita. Ontem, devido à ausência de última hora de Pablo Aimar, Martins assumiu as rédes do jogo, pautou todos os movimentos da equipa e fez as quatro assistências (!) para os golos do Benfica. Notável.
Não se sabe como seria se Aimar estivesse em campo, mas a verdade é que este Martins tem de ter mais espaço para explodir, a sua vista tem de alcançar o campo todo (jogar a 10), e diante do Lyon foi mais longe do que habitualmente, juntando à energia e competitividade que lhe estão nos genes - Javi García agradeceu porque deu muito jeito na batalha do meio-campo com Pjanic, Goucuff e Gonalons - uma qualidade enorme no passe. Martins deslumbrou, libertando e facilitando até a tarefa de Salvio - foi a surpresa do onze e fez o melhor jogo desde que chegou ao Benfica.
Jornal "O Jogo"
Confirmou a importância que tem na equipa e em boa hora Jesus o poupou no jogo anterior. Numa partida de capital importância para a equipa na Champions, foi ele o autor dos passes para os quatro golos.
Jornal "Correio da Manhã"
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