segunda-feira, 14 de março de 2011

Seca de empates termina 1 ano e 2 dias depois

O Benfica voltou este domingo a empatar, um ano e dois dias depois, ao consentir uma igualdade, após 53 jogos a ganhar ou perder, na receção ao Portimonense (1-1), na 23.ª jornada.

O ciclo começou a 11 de março de 2010, dia em que os encarnados havia, obtido, face ao Marselha (1-1), para a Liga Europa, o seu último empate em jogos oficiais.

O jogo dizia respeito à temporada 2009/10 e contava para a 1.ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa: o uruguaio Maxi Pereira marcou para o Benfica e Ben Arfa igualou para os franceses.

Depois disso, o clube da Luz não soube mais o que era empatar, até hoje: sem nenhum dos habituais titulares (Roberto, Maxi, Luisão, Sidnei, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Carlos Martins, Salvio, Gaitan, Saviola e Cardozo) no onze, o conjunto de Jorge Jesus foi "empatado" pelo Portimonense.

O "lanterna vermelha" marcou primeiro, aos 28 minutos, por Ricardo Pessoa, de grande penalidade, após "mão" infantil de Roderick, e, aos 78, o "capitão" Nuno Gomes, entrado aos 69, acabou com a "seca" de empates.

O Benfica disputou 53 jogos sempre a vencer (41 vezes) ou a perder (12) e, em duas provas (Taça de Portugal e Taça da Liga), só conheceu o sabor da vitória.

Na Liga portuguesa concentram-se, naturalmente, o maior número de jogos, num acumulado entre as duas épocas de 30 jogos - uma temporada inteira -, com 24 triunfos e seis derrotas (cinco das quais esta temporada).

Recuando para o anterior empate que o Benfica sofreu num jogo da Liga a contabilidade aumenta: foi a 06 de fevereiro de 2010, com uma igualdade a 1-1 no Bonfim, frente ao Vitória de Setúbal.

Um jogo em que o avançado paraguaio do Benfica, Óscar Cardozo, até falhou uma grande penalidade nos instantes finais.

De uma época para a outra é um longo jejum em matéria de empates.

Desde essa data, os encarnados tinham entre as duas temporadas 33 jornadas (mais de uma época inteira) em jogos de campeonato sem qualquer empate: 11 respeitantes à época transata (10 vitórias e uma derrota) e 22 da atual (cinco derrotas e 17 vitórias).

A escassez de igualdades parece ilustrar a filosofia atacante defendida por Jorge Jesus, num percurso praticamente sem meio-termo, de muitos triunfos e algumas derrotas.

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