Gustavo Martins, o menino de três anos, filho do futebolista Carlos Martins, está a ser acompanhado por psicólogos. Segundo disse ao CM Renato Martins, director das unidades de Psico-oncologia da Liga Portuguesa Contra o Cancro, "o trabalho dos clínicos visa explicar à criança as contrariedades impostas pelo tratamento".
São situações em que, pela idade, os menores têm dificuldade em entender "porque estão longe dos pais e dos irmãos, não vão à escola ou têm limitações nas deslocações, por estarem internados", referiu o psicólogo clínico. A recuperação, com a duração de cerca de um mês, "e que pode apresentar situações dolorosas como afrontamentos, diarreias e febres é seguida pelos psicólogos com a observação de desenhos, e a análise do contexto em que a criança apresenta os seus heróis", disse o especialista. "Se, por exemplo, a criança deixar de apresentar o super-homem com a capacidade de voar, isso pode ser um indicador de que está ansiosa ou deprimida", acrescentou.
Gustavo Martins, que sofre de aplasia medular, doença rara que impede a medula de produzir as células do sangue, realizou quinta-feira um transplante de medula óssea, no IPO de Lisboa. Os pais têm estado em permanência com a criança.
Nos internamentos oncológicos, explica Renato Martins, há um forte desgaste emocional para os pais, mas não "numa fase inicial": "A descarga emocional ocorre depois da recuperação, num momento em que há certezas positivas ou negativas", esclareceu. O familiar pode então apresentar sintomas de estar deprimido. "É estar, por exemplo, sem motivação, colocar em causa o processo terapêutico ou apresentar uma tristeza inexplicável", referiu. O psicólogo diz ainda que "o bem-estar psicológico potencia o físico", sublinhando que "um doente estável tem um sistema imunitário que funciona melhor.
APELO PARA DAR SANGUE B+ NO IPO DE LISBOA
A página no Facebook, ‘Vamos Ajudar o Gustavo’ publicou ontem um "apelo urgente" para dar sangue do tipo B+ no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, no Pavilhão Central no 2º piso. O apelo é para Layane Amaral, cujas plaquetas apresentam valores muito baixos e, por isso, precisa de receber transfusões diárias.
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