terça-feira, 24 de julho de 2012

Jorge Jesus e o enigma do Carlos Martins

Agora que algun tempo passou, parece pacífico que o Benfica perdeu a última Liga porque foi incapaz de gerir bem os diversos momentos da temporada.

No primeiro momento, formar o plantel.

No segundo momento, decidir que jogadores utilizar e quando.

No terceiro momento, em que competições apostar.

O F.C. Porto recuperou, ganhou o campeonato e os responsáveis do Benfica acabaram a temporada aos gritos contra os árbitros, um momento particularmente ridículo, além de destituído de eficácia. O campeonato já tinha acabado.

O erro mais evidente do momento um foi não ter resolvido a lateral esquerda. Nem Emerson, nem Capdevila. Ainda estamos longe da linha de meta, mas não parece que Jesus tenha, para já, descoberto a solução. Enfim, é justo dar-lhe tempo, voltaremos à coisa um dia destes.

Um outro erro, menos comentado mas nem por isso de menor importância, foi a dispensa de Carlos Martins. Confesso que nunca percebi como pode um internacional português só servir para o Granada.

Na altura perguntei e não obtive resposta. Fiquei à espera.

Se Carlos Martins tivesse um mau relacionamento com Jesus, esta época nem entraria na Luz. Se fosse uma questão de inadaptação ao modelo do Benfica, algum clube o receberia. Mas não os «encarnados».

Chegaram os primeiros jogos de pré-temporada 2012/13 e o que sucede? Não só Jesus utiliza Carlos Martins como o português corresponde com golos e boas exibições. Assim de repente tem sido o melhor.

Na prática, isto signfica uma de duas coisas: ou Jesus se equivocou na época passada ou Carlos Martins aprendeu muito no Granada. Nenhumas das opções favorece o treinador do Benfica.

Seja como for, e mesmo sabendo que as pré-temporadas são períodos muito particulares onde as conculões devem ser evitadas, parece evidente que Carlos Martins merece estar no plantel do Benfica. Todos sabemos que não fará a época sem uma ou outra lesão. O que também é válido para Aimar e nem por isso o argentino deixa de ser desejado na Luz. Tudo se resume a gerir bem os recursos.

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